sábado, 29 de agosto de 2009

Pearl Jam

Pearl Jam é uma banda oriunda da cidade de Seattle, nos Estados Unidos da América, no auge do período do movimento local Grunge e é considerada uma das mais populares e influentes da década de 90. Eles, junto com Nirvana, Soundgarden, Mother Love Bone, Alice in Chains e Mudhoney, ajudaram a popularizar o Movimento Grunge no início dos anos 90. Pearl Jam é uma das poucas bandas grunges que continuaram ativas até hoje, mesmo após o fim das suas outras bandas contemporâneas.

A banda detém uma marca inusitada: durante a turnê de Binaural, lançou nada menos que 72 CDs duplos, que traziam na íntegra cada um dos concertos da turnê. Suas atitudes em defesa dos fãs, tais como um processo movido contra a empresa Ticketmaster (que monopoliza o mercado de venda de ingressos em território americano) tornaram-se marcos. No caso contra a distribuidora de ingressos, a banda exigiu na justiça que a empresa reduzisse seus lucros, a fim de diminuir o preço dos ingressos de seus concertos, para que os fãs fossem beneficiados. Somando-se isso ao engajamento político e em causas de ajuda humanitária, o Pearl Jam tornou-se uma das mais idolatradas e respeitadas bandas da história do rock vendendo ate a data cerca de 30 Milhões de discos nos Estados Unidos, e 60 Milhões em todo o mundo., e sendo a banda recordista de álbuns ao vivo.

Membros:
Eddie Vedder - Vocal, Guitarra
Jeff Ament - Baixo
Matt Cameron - Bateria
Mike McCready - Guitarra Solo
Stone Gossard - Guitarra Base

História:

Década de 80: Outras Bandas
O embrião do Pearl Jam foi outras pequenas bandas de Seattle. Na época a cidade ainda não era reconhecida como grande pólo do Rock 'n roll americano, sendo lembrada apenas por ser a terra natal de Jimi Hendrix.

O guitarrista Stone Gossard e o baixista Jeff Ament eram amigos e formaram uma banda de hard rock chamada Green River, ao lado do guitarrista Steve Turner e do vocalista Mark Arm, em 1984.[5] Chegaram a gravar e lançar um disco, chamado Rehad Doll, além de um EP, pelo selo local Sub Pop.

Mas em 1988, a banda resolve se separar, sendo que Arm e Turner formariam logo depois o Mudhoney, uma das bandas primordiais do grunge. Jeff e Stone continuam juntos e, juntamente com o baterista Jeff Turner e o vocalista Andrew Wood, formam uma nova banda, chamada Mother Love Bone. Assinam um contrato com a Geffen Records e lançam em 1989 o EP Shine e, em 1990, um álbum chamado Apple. A banda começa a fazer sucesso nos EUA, quando, logo depois do lançamento de Apple, em 16 de março de 1990, morre o vocalista Wood, vítima de uma overdose de heroína.

Chris Cornell, amigo de Andrew Wood, sugeriu um disco tributo para Wood. Nascia então o Temple Of The Dog, projeto que reuniu integrantes do Mother Love Bone e do Soundgarden. Para a guitarra solo, convocaram o ainda iniciante Mike McCready, que já tocava, nesse meio-tempo, com Jeff e Stone os instrumentais que Stone havia composto mas que ainda não haviam sido gravados. Stone, Jeff e Mike haviam, na época do Temple, recentemente encontrado um vocalista para os instrumentais que tocavam: Eddie Vedder, vocalista de Evanston, indicado por um amigo comum: Jack Irons, baterista da primeira formação do grupo californiano Red Hot Chili Peppers. Devido ao grande talento de Eddie Vedder, este fora convidado a gravar vocais de fundo para o Temple of the Dog. Este supergrupo de Seattle lançou seu disco homônimo em 1991 e emplacou a música Hunger Strike nas paradas. Porém, Stone, Jeff e Mike estavam agora mais centrados no conjunto que formaram com Vedder.


1990: Surge o Pearl Jam

Formação da Banda
Conforme citado acima, Eddie Vedder juntou-se a Stone, Jeff e Mike por meio de Jack Irons, que posteriormente viria a ser o baterista do Pearl Jam no período entre 1994 e 1998. Irons enviou, após audição dos intrumentais de Stone e grupo (tocados com a ajuda de Matt Cameron, baterista do Soundgarden e do Temple of the Dog), um fita demo para Eddie Vedder. Os grooves cheios de energia e dinamismo de Stone inspiraram Eddie a compor as letras (todas no mesmo dia) para os três instrumentais contidos na fita (Eddie tinha as três letras na cabeça depois de uma tarde surfando). Tornaram-se assim as músicas que futuramente fariam-se sucesso na banda sendo duas do álbum "Ten": Alive, Once e Footsteps[6], esta lançada no single Jeremy. O que mais impressionou Stone e os outros foi o fato de que as letras que retornaram cantadas no canal sobressalente da fita eram marcantes, fortes e instigantes. E extremamente pessoais, cantadas por Eddie com extrema paixão, convicção, num modo tocantemente ligado ao cantar das letras; em ocasiões sussurando; por vezes cantando-as como se saíssem das visceras, do fundo de seu coração. Falavam de temas psicológicos envolvendo traumas familiares, conseqüências desses conflitos e a ausência da figura paterna. Alive fala do garoto que descobre, pela sua mãe, que seu pai verdadeiro não era o que conhecia. Que toda a sua vida o homem que acreditara ser seu pai (e há razões para acreditar que esse pai não o tratava muito bem) não era seu verdadeiro pai. A perturbação psicológica e o comportamento homicida manifestaram-se em Once, sua continuação. Em Footsteps temos o rapaz, já mais crescido, na cela de uma cadeia, completando a mini-ópera de Vedder. O tema é todo tocante e as interpretações as mais diversas. Fato é que essas canções permitiram que os rapazes montassem uma das mais importantes bandas do Rock and roll. A essas três canções, Eddie Vedder deu o título de Mamasan Trilogy.


De onde surgiu esse nome?
No outono de 1990, surgiu o Mookie Blaylock que em novembro do mesmo ano viria a chamar-se Pearl Jam, nome sugerido por Vedder, que, numa brincadeira, disse ser uma homenagem a uma suposta geléia com poderes alucinógenos que sua avó (chamada Pearl) fazia. O significado mais provável, entretanto, é vindo do baixista da banda, Jeff Ament, segundo ele esse nome teria surgido depois dele assistir uma apresentação das bandas Sonic Youth e Crazy Horse, sem nenhuma relação com geléias ou coisas do tipo.

No DVD Immagine In Cornice, Eddie Vedder diz a um italiano para o qual discursava sobre o tipo de música que tocavam que não sabe o que o nome Pearl Jam significa ("I don't know what it means", em suas próprias palavras.).


1991: Ten e sua repercussão
O primeiro álbum do grupo, Ten (número da camisa de Mookie Blaylock no time de basquete New Jersey Nets), saiu em 23 de agosto de 1991 e é considerado um dos melhores álbuns do grunge, e do rock em geral nos últimos tempos.[7] Possui canções belas e inesquecíveis como Alive (o grande sucesso radiofônico do disco, que levou o Pearl Jam a ser conhecido nos quatro cantos do mundo), Oceans, Black e Release, outras pesadas e raivosas típicas do grunge, como Once e Why Go, além de outras excelentes por si só, como Jeremy (outro grande sucesso radiofônico, cuja letra trata de um garoto de que Vedder tinha ouvido falar, que havia cometido suicidio numa sala de aulas de uma escola americana[8]), Porch e Even Flow. Com a excessiva execução desse disco nas rádios e MTVs, a banda vai ficando bastante conhecida — logo Vedder começaria a sentir o peso desse sucesso —, e o álbum chega assim ao Top Ten americano. A banda ganha o prêmio de Video of the Year da MTV, com o clipe de Jeremy, que muitos consideravam apelativo, além de vários outros prêmios. O destaque final fica por conta das emotivas letras escritas por Vedder, responsáveis em parte pela sintonia imediata do público com a banda. Ele costuma dizer que suas letras são para serem interpretadas por cada um como bem entender, podendo até gerar interpretações distintas dependendo do ouvinte.

Em 16 de outubro de 1991, o baterista Dave Abbruzzese substituiu Dave Krusen, que, segundo consta, preferiu juntar-se à banda do programa "Saturday Night Live" (mal sabia ele que o Pearl Jam se tornaria um caso sério de sucesso).

Em 1992, a banda participa do filme Singles (Vida de Solteiro no Brasil), do diretor americano Cameron Crowe. Nesse filme, é feito um retrato da geração grunge de Seattle e várias bandas da cidade aparecem tocando, como por exemplo, o Alice in Chains. Alguns dos membros do Pearl Jam fazem parte da banda de Matt Dillon, chamada Citizen Dick, sendo que Vedder é o baterista.

A banda participa ainda de um mini-acústico para a MTV, em que eles tocam algumas canções do primeiro disco, além de uma música que saiu na trilha sonora do filme Singles (chamada State of Love and Trust, e que tinha o estilo de Ten) e uma música cover de Neil Young, chamada Rockin’ in the Free World (que a banda também tocou e toca até hoje em vários concertos).

Nessa apresentação, Vedder protagoniza um show particular ao final, quando sobe no banquinho em que estava sentado e com uma caneta escreve vários slogans em seu corpo, em particular, alguns a favor de um instituição ambiental chamada Earth First (ele possui uma tatuagem em sua perna com o logotipo dessa instituição, de que é sócio).


1993: Vs.
O grupo volta ao estúdio para gravar o seu segundo disco. Vs. foi lançado em 8 de outubro de 1993 e chegou ao primeiro lugar de vendagens em tempo recorde: 24 horas. Só na primeira semana, o disco vendeu mais de 950 mil unidades, quebrando com folga um recorde que antes era do Guns n' Roses.[9] A principio, ele iria se chamar 5 Against 1, mas, na última hora, a banda resolveu chamá-lo simplesmente de Vs. (aliás, esse título não está escrito em nenhum lugar do CD, a exemplo do que fez o Led Zeppelin em seu quarto disco).

A banda mostra definitivamente que pode ir além do que faz a maioria das bandas grunges, que nessa época já estavam fazendo muito sucesso. Possui excelentes canções como Animal, Daughter, Elderly Woman Behind a Counter in a Small Town, Rearviewmirror, WMA, Leash e Indifference. Cada canção transborda de sentimento e garra, mostrando uma banda bem entrosada.

Mas nem tudo são flores: Vedder experimenta cada vez mais o que é ser um rock star, e isso o incomoda. Mas a banda não diminui o ritmo intenso. Ainda em 1993, Eddie participa de um show no Rock and Roll Hall of Fame ao lado dos ex-membros do The Doors, Ray Manzarek, John Densmore e Robby Krieger. Lá, eles cantam três músicas do inesquecível grupo de Los Angeles: Roadhouse Blues, Break on Through e Light My Fire. Para fechar o ano, a banda aparece numa apresentação para o MTV Music Video Awards, para tocar a nova música Animal e com Neil Young no palco para a última música, Rockin’ in the Free World.

Em março de 1994, o grupo começou uma dura batalha com a Ticketmaster, a maior empresa de ingressos dos EUA. A banda pretendia baratear o preço das entradas dos seus shows de verão, já que os preços eram estipulados pela empresa, que ficava com a maior parte dos lucros. Sem conseguir encontrar lugares que não tivessem contratos exclusivos com a Ticketmaster e sem apoio efectivo dos outros grupos musicais, o Pearl Jam foi obrigado a cancelar a excursão.


1994: Vitalogy
O terceiro álbum do Pearl Jam, Vitalogy, foi lançado em 6 de dezembro de 1994. O álbum saiu primeiramente numa edição especial de vinil, passando a ser comercializado também em CD e cassete apenas duas semanas depois. Esse disco mostra um Pearl Jam ainda criativo e contagiante, com Vedder escrevendo ótimas letras e criando excelentes melodias e os instrumentistas bem afiados e mostrando muita garra (além de uma boa dose de experimentalismos, como nas faixas Bugs, Pry To, Aye Davanita e a estranhíssima última faixa, Stupid Mop). Algumas músicas que se destacam são Last Exit, Spin the Black Circle (uma das músicas com maior sonoridade punk do Pearl Jam – o título é uma referência ao fato de Vitalogy ter sido também lançado em vinil), Whipping (composta originalmente para sair no disco Vs), Better Man (que Vedder compôs nos tempos de Bad Radio), a belíssima Corduroy e a balada Immortality (que a banda insiste em afirmar que não é uma homenagem a Kurt Cobain).

Dave Abbruzzese é demitido, segundo consta, por ter um modo diferente de encarar a fama e o sucesso em relação aos outros integrantes da banda[10] e, em janeiro do ano seguinte, a banda anuncia oficialmente que Jack Irons (ex Red Hot Chili Peppers e Eleven) assume as baquetas no Pearl Jam, durante a transmissão do Monkey Wrench Radio Special. O programa de rádio contou ainda com Dave Grohl, Krist Novoselic, Soundgarden e Mudhoney.

A essa altura, Vs. já tinha seis discos de platina, Ten, nove e Vitalogy, cinco. No mesmo ano, o Pearl Jam excursiona com Neil Young. A turnê rende Mirrorball, disco solo do roqueiro, mas também Merkinball, composto pelas músicas I Got ID e Long Road. Em fevereiro de 1996, o Pearl Jam ganha seu primeiro Grammy, na categoria Melhor Performance de Hard Rock por Spin the Black Circle.


1995: Mirrorball
Na metade de 1995, a situação entre os membros da banda volta a ficar delicada, após um show em San Francisco, em que Eddie deixa o palco após a sétima música, alegando estar debilitado fisicamente por causa de algo que comera no hotel. Neil Young, que estava com a banda se preparando para divulgar Mirrorball, gentilmente termina o show no lugar de Eddie, mas sem evitar que a banda ficasse incomodada com seu vocalista. Eles decidem se separar por algum tempo, para descansar e tentar temporariamente levar uma vida normal, cancelando assim os próximos shows agendados.

Isso não ocorre. Os membros da banda aparentemente não conseguiram ficar longe da música e do Pearl Jam em si. Eles voltaram a se reunir uma semana após a separação e, depois de fazer as pazes e traçar novos objetivos, voltam à turnê que fora brevemente interrompida.


1996: No Code
Em 1996, voltam ao estúdio e, em agosto do mesmo ano, lançam No Code, que pode ser considerado um marco na carreira da banda. É o disco mais eclético e variado do quinteto, no que diz respeito a influências, sonoridades e estilos. Possui excelentes músicas, como In My Tree (com uma batida tribal empolgante, parecida com a música WMA, do disco Vs., que já mostrava como a banda podia variar em suas músicas), Hail, Hail, Red Mosquito, Lukin (homenagem a Matt Lukin, então baixista do Mudhoney), a magnífica Present Tense (segundo algumas pessoas, o nome seria uma homenagem ao guitarrista Pete Townshend, da banda The Who), Smile, Who You Are.

A banda continua com sua política de não divulgar o álbum comercialmente pelos meios normais, nem lançando vídeos pela MTV (a banda só os fez para o disco Ten) nem dando entrevistas e nem se apresentando em programas de TV. A imprensa em geral, naturalmente, continua a boicotá-los, mas a banda não se comove e continua a fazer aquilo em que acredita. Enquanto a imprensa detona o quinteto (e principalmente Eddie Vedder), vários artistas os defendem, entre eles Michael Stipe, do REM, e Courtney Love, do Hole, dando assim mais credibilidade à banda e fazendo com que os fiéis e verdadeiros fãs do Pearl Jam continuem a segui-los.

Obviamente, No Code não foi um retumbante sucesso comercial, mas mesmo assim vendeu bem, e a banda parte para um nova turnê de quase dois anos, sempre com bons públicos. É importante dizer também que o grupo perdeu um pequena parcela de fãs antigos, que gostavam mais da época grunge do quinteto, com suas músicas raivosas e pesadas, mas mesmo assim o Pearl Jam continuou a ser uma das bandas mais conhecidas do mundo.


1998: Yield e Live on Two Legs
Depois da extensa turnê de divulgação, o Pearl Jam volta ao estúdio e passa o resto de 1997 trabalhando em novo material. O resultado, lançado em fevereiro de 1998, é chamado de Yield. Boas críticas e vendagens relativamente boas também marcam esse lançamento, mas sem a euforia que marcou os dois primeiros discos da banda, na época em que eles eram os principais destaques da MTV e do rádio.

Esse disco é bem parecido com No Code: mostra a banda mais madura e competente nas suas composições e arranjos instrumentais, com músicas mais voltadas ao Rock 'n roll normal, livrando-se definitivamente do estigma de banda grunge. São vários os destaques do disco, como Brain of J, Do the Evolution, Faithfull, Given to Fly (que tem uma levada muito parecida com Going to California do Led Zeppelin), In Hiding e MFC. Nesse disco, a banda volta atrás em uma das atitudes da postura anticomercial levada a cabo por eles, aquela mais afetou os fãs (e por isso mesmo eles acabaram cedendo): a não produção de clipes. Eles fazem um vídeo para a faixa Do the Evolution. Todo feito em desenho animado, produzido por Todd McFarlane, criador do personagem de revistas em quadrinhos e cinema Spawn, o clipe é transmitido exaustivamente pela MTV ao redor do mundo.

Depois do lançamento do álbum, Irons sai da banda por problemas de saúde, e Matt Cameron (que havia ficado sem banda depois do fim do Soundgarden) assume as baquetas. Ainda em 1998, dois novos lançamentos da banda: o vídeo Single Video Theory, onde a banda aparece tocando músicas do último álbum, e o primeiro disco ao vivo do grupo, Live On Two Legs (o título é uma referência a Death On Two Legs, primeira música do clássico álbum A Night at the Opera, do Queen). Nesse álbum, a banda aparece tocando músicas de todos os seus cinco discos e fecha com mais um cover de Neil Young, Fuckin’ Up.


1999: Postura solidária e single Last Kiss
No ano de 1999, o Pearl Jam participou de um disco em benefício das vítimas da guerra de Kosovo, chamado No Boundaries (no Brasil, Sem Fronteiras). O grupo aparece com as músicas Last Kiss e Soldier of Love. A primeira é uma balada, que na verdade não é do Pearl Jam, mas, sim, de um cantor dos anos 60, Wayne Cochran; o Pearl Jam apenas regravou a música quase quatro décadas depois, e ela sem querer se transformou no single de maior sucesso da banda.


2000: Binaural
Ainda em 1999, o Pearl Jam volta a trabalhar na gravação de um novo disco, o sexto de estúdio. O resultado é lançado em maio de 2000 e chama-se Binaural. Produzido por Tchad Blake e mixado por Brendan O 'Brian, Binaural pode ser comparado com Yield e No Code, por mostrar a banda mais contida, sem o peso e a agressividade de antigamente, mas ainda com muita criatividade e competência, sendo visível a maturidade das composições e melodias criadas pelo quinteto. Destaque para as músicas God's Dice, Nothing As It Seems (primeiro single do álbum, considerada por Mike a melhor composição da banda), Light Years, Soon Forget (apenas Eddie na voz e ukelele), Sleight of Hand e Grievance. A produção de Binaural realça em algumas músicas uma atmosfera meio depressiva e pesada, como em Nothing As It Seems e Sleight of Hand. As letras foram feitas por Stone Gossard, Eddie Vedder e Jeff Ament, diferente de antigamente, quando Vedder era o letrista quase que exclusivo. Vale destacar que o grupo continua a distribuir os seus álbuns em caixinhas especiais (isso acontece desde o terceiro disco, Vitalogy), para evitar que o trabalho chegue mais caro às lojas devido à tradicional caixinha de plástico que é produzida por uma única empresa nos EUA. Outra novidade é o lançamento de diversos "bootlegs oficiais": são discos contendo gravações de concertos da banda ao redor do mundo, por preços mais acessíveis.

No mesmo ano, uma tragédia marcou o grupo: durante sua apresentação no Roskilde, na Dinamarca, nove pessoas morreram esmagadas. Abalada, a banda decidiu que não tocaria em festivais ou em frente de grandes platéias por um período. Entre os concertos da banda naquele ano, este foi o único que não constou dos 72 "bootlegs oficiais".


2002: Riot Act
Em 2002, a banda volta ao estúdio para gravar seu sétimo disco, ao lado do produtor de Adam Kasper. Em outubro sai o primeiro single, para a música I am Mine, e no mês seguinte é lançado Riot Act. A banda volta a apresentar também um clipe, para a canção I am Mine (o último tinha sido para Do the Evolution do disco Yield), além de anunciar que pretende novamente lançar os "bootlegs oficiais", a exemplo da turnê do disco anterior.


2003: Lost Dogs e Live at the Garden
Em 2003, os lançamentos da banda foram a coletânea de b-sides Lost Dogs e o DVD Pearl Jam at the Garden, que traz uma apresentação do quinteto em Nova York (sexteto, se contarmos o tecladista Boom Gaspar), com participações especiais de Ben Harper, Steve Diggle e Tony Barber. Até aquele momento, o grupo já havia lançado dois vídeos: Touring Band, que traz a banda em ação durante a turnê de Binaural, além do já citado Single Video Theory, que traz os bastidores das gravações do disco Yield. Outro fato importante de 2003 foi o fim do contrato com a Epic, que lançara todos os discos do grupo até então.


2004: Live at Benaroya Hall
Em 2004, a banda lança o disco duplo Live at Benaroya Hall, que traz uma performance acústica da banda realizada em outubro de 2003, em prol da organização beneficente Youth Care. No show, a banda apresenta uma música inédita, Man of the Hour, da trilha sonora do então recém-lançado filme Big Fish, do diretor Tim Burton. O show ainda conta com interpretações de dois grandes sucessos da banda, Immortality e Crazy Mary, esta com destaque para o solo de teclados de Boom Gaspar.


2006: Pearl Jam
Em 2 de maio de 2006, a banda lançou Pearl Jam. O álbum, auto-intitulado, traz como destaque o excelente trabalho de guitarras de Gossard e McCready. O discurso do álbum, ao longo de suas 13 faixas, é na sua maioria antiguerra, criticando severamente, à semelhança de Riot Act, o governo de George W. Bush. O single World Wide Suicide foi disponibilizado meses antes do lançamento oficial do álbum de forma gratuita no site oficial da banda.

Pearl Jam foi o primeiro trabalho da banda fora da Epic. Quando perguntado sobre a simplicidade do nome do álbum, Eddie respondeu: "Há tanta informação nas canções e nas letras, que dá a sensação que mais um título seria pretensão demais." O primeiro single do álbum foi World Wide Suicide, e Inside Job foi a primeira letra de McCready a entrar em um álbum da banda. Como forma de divulgação do álbum, a banda tocou duas músicas do novo álbum (World Wide Suicide e Severed Hand) no humorístico Saturday Night Live. Fazia doze anos desde a última apresentação da banda no programa.

Entre 2006 e 2007 a banda realizou várias turnês pelos Estados Unidos e Europa para promover o álbum Pearl Jam. Em 2007 lançou o DVD Live in Cornice, relativo aos espectáculos da banda em 2006 na Itália. No inicio de 2008 Eddie Vedder realizou uma turné pelos Estados Unidos dando a conhecer o seu trabalho no projecto Into the Wild. No mesmo ano a banda começou também a sua turnê em solo norte-americano com doze concertos marcados, acabando por dar treze. Foi anunciado antes do inicio da turnê que todos os concertos iriam ser colocados a venda fazendo da banda recordista em discos ao vivo, sendo que algumas músicas de cada concerto seriam também disponibilizadas para telemóvel. Também em 2008 foi confirmado por Mike McCready que a banda está a preparar um novo álbum, voltando a ter Brendan O'Brien como produtor.


2009: Backspacer
Após o término da turnê de divulgação do álbum Pearl Jam, a banda gravou o disco Backspacer, agora com o Universal Music Group como gravadora. Durante todo o ano de 2009, o Pearl Jam realizará uma turnê pela América do Norte e Oceania para promover o disco.



Álbuns de Estúdio:
Ten (1991)
Vs. (1993)
Vitalogy (1994)
No Code (1996)
Yield (1998)
Binaural (2000)
Riot Act (2002)
Pearl Jam (2006)
Backspacer (2009)



fonte:http://pt.wikipedia.org

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